Segurança Eletrônica no combate à violência contra a mulher

Um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apresenta que cerca de 35 mulheres por minuto são vítimas de alguma agressão. Este dado assustador ilustra um compromisso que as empresas de sistemas eletrônicos de segurança devem responder: combater a violência contra a mulher..

Um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública,  apresenta que cerca de 35 mulheres por minuto são vítimas de alguma agressão. Este dado assustador ilustra um compromisso que as empresas de sistemas eletrônicos de segurança devem responder: combater a violência contra a mulher..

Créditos do fotógrafo Internet

Postado em 08/03/2023
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As câmeras de videomonitoramento estão presentes em praticamente todos os elevadores, assim como nos condomínios, estabelecimentos comerciais e também nas ruas. Com a popularização desta e de outras soluções de segurança eletrônica, o segmento reconheceu o potencial de combinar diferentes tecnologias para o combate à violência contra a mulher. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, o Brasil ainda ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio.

“A vantagem da segurança eletrônica é que os equipamentos estão 24h em locais que muitas vezes não há mais ninguém que pudesse intervir em uma situação de violência, como dentro de elevadores, automóveis ou até mesmo nas residências. Assim, tecnologias de videomonitoramento, alarme, IoT, controle de acesso, reconhecimento facial, entre outras, podem ser combinadas para criar soluções voltadas à proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade ou violência”, explicou a presidente da Abese – (Associação Brasileira de Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, Selma Migliori.

Já existem soluções disponíveis assim, como a plataforma de Segurança Colaborativa Arcanjo, que cria uma rede de colaboração entre os cidadãos e os órgãos de proteção do município, possibilitando que o cidadão notifique onde foi observada uma ocorrência nociva à comunidade e também solicite socorro quando estiver em risco a partir de um aplicativo no smartphone. O mesmo sistema pode colaborar em casos mais graves.

“Para as mulheres que possuem histórico de violência doméstica junto aos órgãos de segurança, o aplicativo apresenta um botão de SOS que ao ser acionado dispara um alarme na central de atendimento com a posição atualizada da vítima (rastreamento) para que a equipe de socorro possa ir ao seu encontro, mesmo que ela esteja em movimento”, exemplifica Frederico José Pelúcio de Castro, CEO da Arcanjo, que ainda complementa que em caso de uma agressão na vizinhança, também é possível com que qualquer um envie um alerta para que sejam tomadas as devidas providências.

A vantagem desse tipo de aplicação é a simplicidade de uso, a localização através do smartphone e a diminuição de trotes, uma vez que existe um perfil cadastrado no aplicativo. Para Selma Migliori, outro benefício da segurança eletrônica é a possibilidade de expansão de iniciativas como esta sem a necessidade de altos investimentos, com a disponibilidade de projetos conjuntos com o poder público municipal, estadual e até mesmo federal.

A segurança eletrônica nunca esteve distante dos problemas cotidianos, o que vem mudando é a nossa capacidade de intervir. Em 2022, 28,9% (18,6 milhões) das mulheres relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência ou agressão, o maior percentual da série histórica do levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, são cerca de 35 mulheres por minuto. Este dado assustador ilustra um compromisso que as empresas de sistemas eletrônicos de segurança devem responder: combater a violência contra a mulher.

É fato que este é um problema que deve ser enfrentado por toda sociedade, mas, especificamente do ponto de vista da segurança eletrônica, nós temos uma atuação que precisa ficar mais evidente. São as nossas soluções que estão dentro dos elevadores, garagens de prédios, nas principais áreas dos condomínios e até mesmo dentro de casa, em momentos em que a câmera de segurança pode ser a principal testemunha e a única capaz de intervir.

Em 2021, por exemplo, uma empresa de portaria remota que atuava em um condomínio na Praia Grande, em São Paulo, flagrou a tentativa de invasão do ex-marido de uma das moradoras. Imediatamente, a empresa de portaria remota e videomonitoramento responsável acionou a polícia e avisou a síndica sobre a ocorrência. A rápida resposta das autoridades conseguiu deter o agressor, que foi preso em flagrante por tentativa de homicídio.

A situação demonstra o que estamos falando: a combinação entre tecnologia e treinamento, inovação e comprometimento, como responder com rigor e agilidade neste tipo de situação que, infelizmente, nenhum condomínio ou cidade está imune. Essa não é uma descoberta recente, a Abese vem reiterando este papel da segurança eletrônica através dos equipamentos que estão 24h em operação e que com recursos de Inteligência Artificial (AI) conseguem, inclusive, reconhecer situações de risco e emitir alertas em tempo real.

É claro que os desafios continuam, mas, além da inovação tecnológica, a segurança eletrônica recebe o apoio de cada vez mais profissionais mulheres que entram para impulsionar o setor tecnológico.

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